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O maximalismo é uma reação ao minimalismo? (Maximalismo Parte 1)

ambiente maximalista

Se você está sempre atento ao mundo da decoração, deve ter esbarrado recentemente no termo maximalismo, tendo lido ou ouvido falar sobre. 

E não é por menos, o estilo ganha cada vez mais força como contratendência ao minimalismo que reinou por décadas no design e nas belas artes. 

Mas não pense que o maximalismo é uma tendência inédita. Seja na modadecoração ou em qualquer outra forma de expressão visual, o equilíbrio entre o mínimo e o máximo se manteve em constante oscilação ao longo da história. 

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Neste artigo vamos dissecar a relação entre o maximalismo e o minimalismo na decoração. Também iremos refletir sobre o que a atual onda do maximalismo traz de novo, além de trazer dicas importantes para aqueles que querem entrar de cabeça na filosofia do mais é mais! 

É bastante coisa né? É tanta coisa que não cabe em um só artigo, por isso preparamos para você um especial em 2 partes. Então prepara o fôlego e junta tudo o que estiver ao seu alcance, pois o tema é: maximalismo

Maximalismo é uma reação ao minimalismo? 

Quando pensamos na palavra maximalismo, nós inevitavelmente associamos o nome ao minimalismo. 

E não é por menos, gestado a partir de inúmeros movimentos artísticos e culturais que impactaram todo o século XX, o minimalismo marca uma ruptura no modo de se pensar a sociedade, a arte e a cultura. 

Tivemos, na última década um auge no minimalismo, que extrapolou as barreiras da expressão estética, tornando-se um estilo de vida. 

Na arquitetura e decoração 

Já no design e na arquitetura a história não foi muito diferente. A exuberância exagerada e a ostentação por muito tempo habitaram a noção estética da arquitetura até o início do século XX.

Mítica escola Bauhaus, que influenciou o design e a arquitetura de todo o século XX.

Uma das maiores influências para o minimalismo no design e na arquitetura foi a escola alemã Bauhaus. Inclusive, a famosa expressão, Less is more (menos é mais) foi cunhada por um professor da Bauhaus, o conceituado arquiteto Ludwig Mies van der Roche. 

Concluindo 

Você deve estar se perguntado o porquê de todo este apanhado histórico. A resposta é simples: 

Precisamos entender que o maximalismo não é um estilo essencialmente inédito e analisá-lo apenas como uma contratendência ao minimalismo é reduzir sua essência e seus referenciais passados

A estética arquitetônica de interiores que deu forma a períodos como a belle époque são exemplos de um luxuoso maximalismo do passado. 

Podemos sim pensar no maximalismo como uma resposta ao minimalismo, mas apenas se partirmos da perspectiva de que toda tendência é, em certa medida, uma reação direta ao status quo vigente. 

E agora? 

Agora que sabemos que o maximalismo vai muito além de uma simples reação ao minimalismo, podemos analisar com maior clareza as características próprias que esta nova onda agrega ao estilo maximalista. 

Precisamos entender também quais as linhas que separam o maximalismo do acúmulo excessivo e quais dicas você pode seguir para não ultrapassar este limite. 

Tudo isso no nosso próximo artigo, parte 2 do nosso especial sobre maximalismo!