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A prática da cópia: um atalho que não vai longe

 

O desenvolvimento de novos produtos e o seu lançamento em eventos e feiras são parte importante das estratégias de crescimento das indústrias de bens de consumo. Automóveis, eletrônicos, roupas, acessórios de moda, utensílios e móveis são cada vez mais encarados como investimentos pelas empresas, e para isso precisam ser bem-sucedidos na conquista do consumidor. O melhor marketing é o produto, ou alguém acredita que a marca Apple teria toda esta importância se o iPhone não tivesse sido um grande sucesso?

Neste cenário super competitivo, existem dois tipos de empresas: as que tem uma cultura de design e as que tem por costume copiá-las. Em qualquer setor, as marcas mais valiosas e desejadas são justamente as primeiras, pois representam as empresas que estão constantemente antecipando-se a novos desafios de mercado. Ou seja, são as empresas que olham para a frente, e que ano após ano, buscam surpreender os seus clientes com produtos originais e cada vez mais atraentes.

O sucesso destas empresas é fruto do trabalho árduo de designers, gestores de marca, prototipistas e profissionais de mercado, que estão constantemente analisando tendências, mercados, tecnologias e comportamentos de consumo, numa estratégia de melhoria contínua. A troca de informações entre eles, num ambiente empresarial que valoriza as novas ideias e a criatividade, cria um círculo virtuoso capaz de posicionar estas marcas no topo da lista dos desejos de lojistas e de consumidores, pois o mercado valoriza esta combinação de arrojo e profissionalismo.

Na contramão deste processo, existe um sem-número de empresas que, de forma equivocada, costumam copiar os produtos que o mercado já consagrou, acreditando estar tomando um “atalho” para o sucesso. Durante algum tempo a estratégia até pode dar certo, mas esta empresa não conseguirá construir uma imagem positiva de sua marca, e por não apresentar novidade e geralmente ser de qualidade inferior, seus produtos serão “leiloados” nas guerras de preço. A cópia do design de produtos é por si só uma prática condenável, e nem sempre a legislação e os registros de patente são capazes de proteger aquele que inovou e foi copiado. Todos perdem com a prática da cópia. Mas o principal prejudicado é o próprio copiador, que perde tempo e dinheiro percorrendo um caminho que não o levará longe.

As empresas inovadoras, por outro lado, não perdem tempo: lançam produtos inéditos hoje, e amanhã já estão pensando na coleção do ano seguinte, tornando-se cada vez mais “afiadas” e seguras em percorrer o seu próprio caminho e construir o seu sucesso!

Alexandre Rocha

Sócio-diretor Asa Design